terça-feira, 18 de outubro de 2016

Nervos Cranianos

Neuroanatomia

Nervos cranianos


Nervos cranianos são os que fazem conexão com o encéfalo. 

  • Aferentes
  • Eferentes



Aferentes - Entram no SNC
Eferentes - Saem do SNC para a periferia

Somáticos - Relaciona o corpo com o ambiente externo. (ex: estímulo tátil,                                                                                               proprioceptivo)

Viscerais - Relaciona com o interior do organismo.


NERVOS CRANIANOS:


Os 12 pares de nervos cranianos recebem uma nomenclatura específica, sendo numerados em algarismos romanos.

I - OLFATÓRIO
II - ÓPTICO
III - OCULOMOTOR
IV - TROCLEAR
V - TRIGÊMEO
VI - ABDUCENTE
VII - FACIAL
VIII - VESTÍBULO-COCLEAR
XIX - GLOSSOFARÍNGEO
X - VAGO
XI - ACESSÓRIO
XII - HIPOGLOSSO



De acordo com o Componente Funcional, os nervos cranianos podem ser classificados em: 
  • Motores
  • Sensitivos
  • Mistos




NERVOS EXCLUSIVAMENTE SENSITIVOS (SENSORIAIS):


Destinam-se aos órgãos dos sentidos e por isso são chamados também de sensoriais:
  • VESTÍBULOCOCLEAR - Impulsos relacionados ao equilíbrio e a audição. Constituído por dois grupos de fibras perfeitamente individualizadas que formam, respectivamente, os nervos vestibular e coclear. É um nervo exclusivamente sensitivo. A parte vestibular é formada por fibras que conduzem impulsos nervosos relacionados ao equilíbrio. A parte coclear é constituída por fibras que conduzem impulsos nervosos relacionados com a audição. As fibras do nervo vestíbulo-coclear classificam-se como aferentes somáticas especiais.


  • OLFATÓRIO - Relacionado aos impulsos do olfato. É um nervo exclusivamente sensitivo, cujas fibras conduzem impulsos olfatórios, sendo classificados como aferentes viscerais especiais.

  • ÓPTICO - Estímulos visuais. É constituído por um feixe de fibras nervosas que se originam na retina, emergem próximo ao pólo posterior de cada bulbo ocular, penetrando no crânio pelo canal óptico. Cada nervo óptico une-se com o do lado oposto, formando o quiasma óptico, onde há cruzamento parcial de suas fibras, as quais continuam no tracto óptico até o corpo geniculado lateral. O nervo óptico é um nervo exclusivamente sensitivo, cujas fibras conduzem impulsos visuais, classificando-se como aferentes somáticas especiais.




NERVOS EXCLUSIVAMENTE MOTORES:

  • ABDUCENTE
  • TROCLEAR
  • OCULOMOTOR - 
Os 3 relacionam-se com a movimentação dos olhos. São nervos motores que penetram na órbita pela fissura orbital superior, distribuindo-se aos músculos extrínsecos do bulbo ocular.
O nervo oculomotor nasce no sulco medial do pedúnculo cerebral. 
O nervo troclear nasce logo abaixo do colículo inferior. 
O nervo abducente nasce no sulco pontino inferior, próximo à linha mediana.
Os três nervos em apreço se aproximam, ainda no interior do crânio, para atravessar a fissura orbital superior e atingir a cavidade orbital, indo se distribuir aos músculos extrínsecos do olho.
O nervo oculomotor conduz ainda fibras vegetativas, que vão à musculatura intrínseca do olho, a qual movimenta a íris e a lente.

  • ACESSÓRIO - Pescoço (relacionado com a postura). Formado por uma raiz craniana e uma espinhal. A raiz espinhal é formada por filamentos que emergem da face lateral dos cinco ou seis primeiros segmentos cervicais da medula, constituindo um tronco que penetra no crânio pelo forame magno. A este tronco unem-se filamentos da raiz craniana que emergem do sulco lateral posterior do bulbo.
    As fibras oriundas da raiz craniana que se unem ao vago são:
     Fibras eferentes viscerais especiais, que inervam os músculos da laringe;
     Fibras eferentes viscerais gerais, que inervam vísceras torácicas.

  • HIPOGLOSSO - Inervação motora somática da língua. Nervo essencialmente motor. Emerge do sulco lateral anterior do bulbo sob a forma de filamentos radiculares que se unem para formar o tronco do nervo. Este, emerge do crânio pelo canal do hipoglosso, e dirige-se aos músculos intrínsecos e extrínsecos da língua (está relacionado com a motricidade da mesma). Suas fibras são consideradas eferentes somáticas.





NERVOS MISTOS: 

MOTORES E SENSITIVOS


  • TRIGÊMEO- Relacionado à sensibilidade da face e músculos da mastigação. O nervo trigêmeo é um nervo misto, sendo o componente sensitivo consideravelmente maior. Possui uma raiz sensitiva e uma motora. A raiz sensitiva é formada pelos prolongamentos centrais dos neurônios sensitivos. 
    Os prolongamentos periféricos dos neurônios sensitivos do gânglio trigeminal formam, distalmente ao gânglio, os três ramos do nervo trigêmeo: nervo oftálmico, nervo maxilar e nervo mandibular, responsáveis pela sensibilidade somática geral de grande parte da cabeça, através de fibras que se classificam como aferentes somáticas gerais.

1. Nervo Oftálmico: atravessa a fissura orbital superior (juntamente com o III, IV, VI pares cranianos e a veia oftálmica) e ao chegar à órbita fornece três ramos terminais, que são os nervos nasociliar, frontal e lacrimal.
O nervo oftálmico é responsável pela sensibilidade da cavidade orbital e seu conteúdo, enquanto o nervo óptico é sensorial (visão).
2. Nervo Maxilar: é o segundo ramo do nervo trigêmeo. Ele cruza a fossa pterigopalatina como se fosse um cabo aéreo para introduzir-se na fissura orbital inferior e penetrar na cavidade orbital, momento em que passa a se chamar nervo infra-orbital.
O nervo infra-orbital continua a mesma direção para frente transitando pelo soalho da órbita, passando sucessivamente pelo sulco, canal e forame infra-orbital e através desse último se exterioriza para inervar as partes moles situadas entre a pálpebra inferior (n. palpebral inferior), nariz (n.nasal) e lábio superior (n. labial superior).
O nervo infra-orbital (ramo terminal do nervo maxilar) fornece como ramos colaterais o nervo alveolar superior médio e o nervo alveolar superior anterior, que se dirigem para baixo.
Nas proximidades dos ápices das raízes dos dentes superiores, os três nervos alveolares superiores emitem ramos que se anastomosam abundantemente, para constituírem o plexo dental superior.
3. Nervo Mandibular: é o terceiro ramo do nervo trigêmeo. Ele atravessa o crânio pelo forame oval e logo abaixo deste se ramifica num verdadeiro ramalhete, sendo que os dois ramos principais, são o nervo lingual e alveolar inferior.


  • FACIAL - Relacionado a musculatura da expressão facial e tem um componente sensitivo. É também um nervo misto, apresentando uma raiz motora e outra sensorial gustatória. Ele emerge do sulco bulbo-pontino através de uma raiz motora, o nervo facial propriamente dito, e uma raiz sensitiva e visceral, o nervo intermédio. Juntamente com o nervo vestíbulo-coclear, os dois componentes do nervo facial penetram no meato acústico interno, no interior do qual o nervo intermédio perde a sua individualidade, formando-se assim, um tronco nervoso único que penetra no canal facial.

  • GLOSSOFARÍNGEO - Tem componente aferente e eferente (Inervação das glândulas salivares, relacionadas à gustação). É um nervo misto que emerge do sulco lateral posterior do bulbo, sob a forma de filamentos radiculares, que se dispõem em linha vertical. Estes filamentos reúnem-se para formar o tronco do nervo glossofaríngeo, que sai do crânio pelo forame jugular. No seu trajeto, através do forame jugular, o nervo apresenta dois gânglios, superior e inferior, formados por neurônios sensitivos. Ao sair do crânio, o nervo glossofaríngeo tem trajeto descendente, ramificando-se na raiz da língua e na faringe.
    Desses, o mais importante é o representado pelas fibras aferentes viscerais gerais, responsáveis pela sensibilidade geral do terço posterior da língua, faringe, úvula, tonsila, tuba auditiva, além do seio e corpo carotídeos. Merecem destaque também as fibras eferentes viscerais gerais pertencentes à divisão parassimpática do sistema nervoso autônomo e que terminam no gânglio óptico. Desse gânglio, saem fibras nervosas do nervo aurículo-temporal que vão inervar a glândula parótida.

  • VAGO - Principal nervo relacionado ao SNA (Sistema Nervoso Autônomo); SNP (Sistema Nervoso Parassimpático). Inervação aferente e eferente. O nervo vago é misto e essencialmente visceral. Emerge do sulco lateral posterior do bulbo sob a forma de filamentos radiculares que se reúnem para formar o nervo vago. Este emerge do crânio pelo forame jugular, percorre o pescoço e o tórax, terminando no abdome. Neste trajeto o nervo vago dá origem a vários ramos que inervam a faringe e a laringe, entrando na formação dos plexos viscerais que promovem a inervação autônoma das vísceras torácicas e abdominais.
    O vago possui dois gânglios sensitivos: o gânglio superior, situado ao nível do forame jugular; e o gânglio inferior, situado logo abaixo desse forame. Entre os dois gânglios reúne-se ao vago o ramo interno do nervo acessório.
    Fibras aferentes viscerais gerais: conduzem impulsos aferentes originados na faringe, laringe, traqueia, esôfago, vísceras do tórax e abdome.
    Fibras eferentes viscerais gerais: são responsáveis pela inervação parassimpática das vísceras torácicas e abdominais.
    Fibras eferentes viscerais especiais: inervam os músculos da faringe e da laringe.
    As fibras eferentes do vago se originam em núcleos situados no bulbo, e as fibras sensitivas nos gânglios superior e inferior.


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