quinta-feira, 22 de abril de 2021

A História da Optometria


HISTÓRIA DA OPTOMETRIA


Aproximadamente 1200 anos antes de Cristo, já existiam os óculos estenopeicos [1], mas os óculos como conhecidos hoje foram inventados cerca de 1300 anos depois de Cristo. 

Muitas inovações surgiram nos óculos, peças utilizadas para a compensação de problemas visuais.

Em 1585, George Bartisch, foi o primeiro europeu a ser considerado cientificamente “médico oftalmologista”, mas era contra o uso de óculos. 
Durante vários anos a idéia foi seguida pelos oftalmologistas, o que levou a Optometria se desenvolver como uma ciência não médica. 
O ato optométrico prosseguiu então pelas mãos dos ópticos, e no século XIV em Antuérpia surge à criação da primeira Guilda [2] dos Oculistas, entidade que regulamentava o acesso à profissão e a sua ética.

A regulamentação legal do exercício da Optometria, começou no Reino Unido em 1895, com a criação da Associação Britânica de Óptica, que instituiu um exame de capacidades para credenciar óptico refracionista [3].

Em 1896 nos Estados Unidos, foi criada a Associação Americana de Óptica e dois anos depois, em 1898, foi fundada a Associação Americana de Optometristas.

Hoje a Optometria é reconhecida no mundo inteiro como profissão responsável pelo atendimento PRIMÁRIO DA SAÚDE VISUAL.

Dicionário
[1] Óculos estenopeicos são óculos que não possuem lentes. No lugar das lentes existe um furo entre 1,5mm e 2 mm aproximadamente. Quando uma pessoa que possui problemas visuais, que não é patologia, os óculos permitem uma melhora na visão. Era feito com couro de animais ou alguma parte de planta dura.

[2] Associação que agrupava, em certos países da Europa durante a Idade Média, indivíduos com interesses comuns (negociantes, artesãos, artistas) e visava proporcionar assistência e proteção aos seus membros.

[3] Profissional que determina os valores dos óculos.




HISTÓRIA DA OPTOMETRIA NO BRASIL



Profissionais "Óticos Práticos e Optometristas" surgem no Brasil anterior à 1900 ou, no mesmo momento do 1° óculos no Brasil. 
Sem formação, aprenderam o ofício na prática, época em que as profissões passavam de pai para filho, limitados à montagem artesanal de óculos por falta de cursos profissionalizantes.

O reconhecimento da Optometria pelo governo brasileiro data de 1932 através de Decreto. Porém, a Optometria é bem anterior. Tem início com a chegada da família Real ao Brasil, promovendo grandes avanços científicos, culturais e desenvolvimento ao Brasil.

Imigrantes vieram da Alemanha, Espanha, USA trazendo a óptica e optometria ao Brasil. 

O primeiro registro da óptica-optométrica no Brasil foi em 1835 no Recife, pelo técnico oculista Joseph Herschel. A oftalmologia brasileira não existia, aparecendo por volta de 1920 muito rudimentar, e por volta de 1932, totalmente voltada e especifica em tratamento de patologias do globo ocular.

Consolidava-se por volta de 1900 no Brasil, "Exames da Vista", realizado nas casas de óptica, realizado por optometristas. 
A demanda foi tamanha, que a óptica "Casa Fretin" - SP, contratou e trouxe um optometrista norte-americano para realizar exames da vista - NÃO CONFUNDIR COM EXAMES DO GLOBO OCULAR - realizados somente por médicos oftalmologistas.

quarta-feira, 21 de abril de 2021

O Optometrista


O optometrista é o profissional independente da área da saúde, que está habilitado a examinar e avaliar o sentido da visão, sendo um especialista em diagnosticar e compensar, através de artefatos ópticos, alterações visuais de origem não patológica, melhorando o desempenho visual dos pacientes. Ele pode fazer adaptação de lentes de contato e prótese ocular, tratamentos de ortóptica para evitar a instauração de ambliopia. 

O trabalho do Optometrista está voltado para a prevenção de patologias oculares e problemas sensoriais. 

Previne e corrige os transtornos da visão, prescrevendo e adaptando os meios ópticos compensatórios. 
Busca oferecer o máximo de rendimento visual com a mínima fadiga, por métodos objetivos e subjetivos.
O óptico-optometrista ocupa-se do exame do processo visual em seus aspectos funcionais e comportamentais, determinando e medindo cientificamente os defeitos de refração como: 
  • Miopia 
  • Hipermetropia 
  • Astigmatismo 
  • Presbiopia 
  • Acomodação  
  • Mobilidade dos olhos


O óptico-optometrista é o profissional não-médico especialista da visão. 
Não utiliza qualquer equipamento ou técnica invasiva ao corpo humano. Todos os seus equipamentos são de caráter observativo e direcionados à avaliação quantitativa e qualitativa do sentido visual, não fazendo uso de medicamentos e/ou métodos cirúrgicos.



São atribuições do profissional em Optometria:
I – Privativamente:

a) realizar consultorias, emissão de pareceres e laudos optométricos;
b) responsabilizar-se por consultórios, clínicas e departamentos que
ofereçam exclusivamente serviços de Optometria;
c) lecionar prática clínica Optométrica.

II – Compartilhadas, sem prejuízo do exercício das atividades por outros
profissionais igualmente habilitados na forma da legislação:

a) avaliar funcionalmente o sistema visual e ocular;
b) realizar e fornecer a medida optométrica, indicando soluções ópticas
quando necessário;
c) adaptar e adequar as lentes corretivas às necessidades do paciente;
d) executar terapias visuais com a finalidade de restaurar e desenvolver a
capacidade visual do individuo;
e) participar de equipes multidisciplinares e interdisciplinares, inclusive
aquelas que integrarem o Sistema Único de Saúde;
f) assessorar órgãos e estabelecimentos públicos ou privados no campo da
saúde visual e ocular;
g) encaminhar os pacientes ao profissional competente quando fora da sua
área de atuação;
h) realizar outras atividades inerentes a sua formação universitária.


terça-feira, 20 de abril de 2021

Sintomas visuais mais comuns e suas etiologias




1. Troca de cores nos objetos: Lesões coroidoretinianas.

2. Halos (anéis) ao redor das luzes: Alterações no cristalino; edema produzido por glaucoma e infiltrações corneais.

3. Defeitos no campo visual: Lesão na retina, lesões intracraneanas que afetam as vias ópticas.

4. Miodesopsias: Opacidades vítreas; toxoplasmose.

5. Nictalopia: Retinite pigmentaria; glaucoma; miopia não corrigida.

6. Perda súbita da visão indolor (quando a visão não retorna em 24 horas): Oclusão da artéria ou veia central da retina; neurite retrobulbar; hemorragia macular e vítrea; lesão corneana; glaucoma; descolamento da retina.

7. Perda gradual da visão indolor (podem durar semanas, meses ou anos): Catarata, ametropias, glaucoma de ângulo aberto, degeneração macular senil, retinopatia diabética, distrofia corneal, atrofia óptica.

8. Perda transitória da visão (quando a visão volta ao normal dentro de 24 horas e geralmente na primeira hora): quando dura pouco segundo (bilateral): papiledema. Quando dura pouco minuto: amaurose fugaz (bilateral). Quando dura de 10 a 60 minutos: enxaqueca (podendo ser acompanhada ou não de dor de cabeça na seqüência).

9. Perda da visão com dor: Glaucoma agudo de ângulo fechado, neurite óptica (manifesta dor com o movimento dos olhos), uveíte, ceratocone.

10. Salto de linhas ou letras: Astigmatismo não corrigido, descoordenação muscular.

11. Visão embaçada: Defeitos refrativos não corrigidos, alterações patológicas, metamorfópsias.

12. Lesões da Retina: Edema ou Descolamento de Retina.

13. Ardência: Inflamação nas pálpebras (blefarite) ou conjuntiva (conjuntivite), ambientes contaminados, defeitos refrativos e insuficiência de convergência.

14. Astenopia: Defeitos refrativos não corrigidos, descoordenação muscular.

15. Diplopia: Constante Monocular: ametropia, opacidade ou irregularidade corneal, catarata, lesões maculares de neurose e subluxação do cristalino. Constante Binocular: tropia traumática recente e paralisia do músculo extraocular, paralisia dos III, IV e VI par cranial, alterações orbitárias (como transtornos relacionados à tireóide). Intermitente Binocular: descompensação de uma foria pré-existente, miastenia grave.

16. Dor Ocular: corpo estranho, desequilíbrio muscular, uveítes, esforço binocular e aumento da pressão intraocular.

17. Epífora: obstrução do mecanismo de saída da lágrima, obstrução dos canalículos.

18. Fotofobia: corpo estranho, lesões corneanas, alterações do cristalino, insuficiência de convergência, defeitos refrativos, descolamento de retina.

19. Inflamação da pálpebra: blefaroconjuntivite refrativa ou crônica, inflamações locais (hordéolo ou calázio), edema.

20. Olho Vermelho: glaucoma, uveíte anterior, lesões corneanas, descoordenação muscular (insuficiência de convergência).

21. Prurido: infecções.

22. Problemas de enfoque: problemas acomodativos, hipermetropia não corrigida.

segunda-feira, 19 de abril de 2021

Principais sintomas relacionados - Miopia - Hipermetropia - Astigmatismo - Presbiopia


Os principais sintomas causados pela Miopia, Hipermetropia, Astigmatismo, Presbiopia:



HIPERMETROPIA

·                     Astenopia
·                     Fadiga visual
·                     Cefaléia frontal interciliar
·                     Fotofobia
·                     Epífora
·                     Prurido
·                     Visão embaçada em visão de perto e de longe



MIOPIA

·                     Acuidade visual ruim para longe



ASTIGMATISMO


·                     Astenopia
·                     Visão ruim para longe e perto
·                     Blefaroconjuntivite crônica
·                     Cefaléia
·                     Embaçamentos transitórios
·                     Irritabilidade
·                     Enjôos
·                     Hordéolos recidivantes
·                     Posições compensatórias de cabeça
·                     Vertigens
·                     Salto de letras e salto de linhas durante a leitura



PRESBIOPIA

·                     Cefaléias que aumentam com o trabalho em visão próxima
·                     Fadiga ocular (lacrimejamento)
·                     Perda gradual da visão próxima que melhora afastando os objetos.

sexta-feira, 16 de abril de 2021

O uso de óculos, pode ser uma proteção contra Covid19?

O coronavírus pode atingir o organismo através dos olhos, quando uma pessoa infectada tosse ou espirra perto dos olhos de alguém, ou se a pessoa toca em um objeto infectado antes de tocar nos olhos. 

De acordo com um novo estudo da província de Hubei, na China, o uso de óculos pode diminuir as chances de contaminação com o coronavírus, mas isso não significa que todos devem usar proteção ocular para prevenir COVID-19, pois não há informações suficientes para recomendar que as pessoas comecem a usar proteção para os olhos além do uso das máscaras.

O Dr. Steinemann afirmou que foi um estudo fascinante, mas realizado com uma pequena parte da população, então seria necessário um estudo muito maior antes de tirar qualquer conclusão sobre o uso de óculos realmente significar que as pessoas tocarão os olhos com menos frequência e portanto, se as taxas de infecção irão diminuir.

O estudo surgiu de uma observação curiosa feita por pesquisadores na China. Eles notaram que muito poucos de seus pacientes doentes usavam óculos, o que era notável, pois a miopia é comum na China. Eles examinaram registros hospitalares de pacientes com Covid-19 para saber mais. De 276 pacientes internados no hospital em um período de 47 dias, apenas 16 pacientes (5,8%) tinham miopia, que os obrigava a usar óculos por mais de oito horas por dia.

O Dr. Steinemann diz que pode ser que os óculos sirvam como um lembrete para evitar tocar nos olhos, ou que funcionem como uma barreira parcial, protegendo os olhos dos respingos de uma tosse ou espirro, além de vários outros fatores que podem ter favorecido o número menor de contaminados usuários de óculos.

 

Respondendo à pergunta inicial:

Você deve usar os óculos para prevenir COVID-19?

Diante dos estudos realizados, é muito cedo para afirmar que todos deveriam usar os óculos como uma proteção para os olhos. Óculos e protetores faciais oferecem proteção, sem dúvida, mas o uso da máscara, a lavagem correta e frequente das mãos e a prática do distanciamento social, devem ser adotados como a melhor forma de prevenção. Se os óculos protegem e servem como barreira, então o mais indicado é utilizar, quanto mais proteção, melhor.


quinta-feira, 15 de abril de 2021

Presbiopia

Presbiopia é a diminuição da capacidade acomodativa dos olhos, também denominada vista cansada, ocasionando o enrijecimento dos músculos ciliares, gerando dificuldade em enxergar para perto.




Quem tem presbiopia, muitas vezes necessita afastar os materiais de leitura de perto para poder enxergá-los.


Os principais sintomas são:

• Diminuição da capacidade de focar objetos próximos.
• Vista cansada.
• Dor de cabeça.


Se não for corrigida, a presbiopia pode causar dores de cabeça e cansaço visual ao utilizar a visão para perto.
Normalmente surge a partir dos 40 anos e pode ser corrigida através de óculos.

É a diminuição da capacidade de contração do músculo ciliar, associada ao cristalino, que reduz a capacidade de focar as imagens de perto, com o avançar da idade.

• A presbiopia não é uma doença, é antes uma evolução natural da visão que diminui a capacidade de focagem em objetos de perto.

• Homens e mulheres são afetados - os primeiros sintomas são normalmente sentidos aproximadamente aos 40 de idade.

• É um fenômeno natural.




• O importante é realizar regularmente exames visuais que poderão detectar também outras alterações visuais.

• A opção mais moderna para a compensação da presbiopia são as lentes progressivas que se adaptam às necessidades de cada olho em focagem precisa a qualquer distância.

• As lentes progressivas desenvolveram o conceito de utilização de uma só lente para uma visão mais precisa para todas as distâncias. A evolução tem sido constante, as últimas gerações de lentes progressivas, oferecendo aos usuários maior conforto, compensação atrativa e liberdade de visão.

• As lentes progressivas não são todas iguais. As lentes de melhor qualidade permitem ao usuários ter uma compensação mais confortável e discreta para a presbiopia.

terça-feira, 13 de abril de 2021

Tremor nas pálpebras

Pálpebra tremendo involuntariamente… Se você está apresentando esse sintoma, não se desespere, na maioria das vezes o problema não é grave e costuma estar ligado ao estresse.


Existem vários fatores que podem causar tremor nas pálpebras:

  • O estresse é um problema que sempre surge com vários outros incômodos e alterações, é a causa mais comum de tremor de pálpebra.. Ocorre devido a uma ação dos hormônios liberados quando a pessoa está estressada. Esses hormônios atingem o sistema nervoso autônomo e estimulam principalmente os músculos menores do corpo, como os músculos dos olhos, causando contrações involuntárias nas pálpebras.

  • Permanecer muito tempo em frente ao computador ou olhando para a tela do celular, também é um fator que pode favorecer os tremores. Isso acontece por causa do cansaço ocular, que faz com que os músculos dos olhos e as pálpebras fiquem sobrecarregadas, resultando na contração involuntária.

  • Outro fator que pode ter uma ligação direta com tremor nas pálpebras, é o olho seco. Nesse caso, os tremores acontecem justamente porque o corpo faz um esforço maior para hidratar a região. Geralmente o olho seco costuma ser mais comum em pessoas com idade mais avançada, podendo também ser causado pelo uso de lentes de contato.

  • Alergias frequentes também podem gerar sintomas diversos relacionados aos olhos, ocorrendo a coceira, vermelhidão e até mesmo a produção excessiva de lágrimas.

  • Os problemas relacionados à visão como: miopia, hipermetropia e astigmatismo, podem causar cansaço extremo, dores de cabeça e tremores nos olhos, porque nesses casos, os olhos tendem a "trabalhar" em excesso para focar, e isso os torna mais cansados. 

  • O tremor também pode estar relacionado com doenças oculares mais graves, como alguns tipos de inflamação nos olhos (uveíte e conjuntivite), entrópio (quando os cílios são virados para dentro) e blefarite.

  • Para garantir qualidade de vida e um bom funcionamento do corpo, o sono deve ser de qualidade, quando isso não acontece, uma série de fatores pode interferir na saúde, ou seja, quando a pessoa não dorme bem, tende a deixar os músculos dos olhos mais cansados, deixando as pálpebras mais fracas, causando o tremor nos olhos.

  • A alimentação também interfere na saúde dos olhos e consequentemente das pálpebras, isso acontece principalmente devido a carência de algumas vitaminas essenciais para o corpo, como vitamina B12, e também de alguns minerais, como potássio e magnésio. A desidratação também é um fator que pode fazer com que aconteçam espasmos involuntários nos músculos pequenos, como das pálpebras. As bebidas alcoólicas provocam no organismo, problemas com desidratação. Além disso, o excesso de cafeína pode favorecer os tremores nos olhos.

  • Problemas neurológicos ou cerebrais, também são possíveis causas para tremores de pálpebras, pois o sistema nervoso é o responsável por enviar comandos aos músculos da face, inclusive para as pálpebras.

Quando além dos tremores, os olhos também se apresentarem vermelhos e irritados, acompanhados de inchaço nas pálpebras, quando o tremor for recorrente e permanecer mais que uma semana e afetar outras áreas do rosto, é necessário procurar um profissional para avaliar o caso, diagnosticar e tratar devidamente o problema.




domingo, 11 de abril de 2021

Optometria é uma realidade - Optometria no Brasil


OPTOMETRIA NO BRASIL

É uma realidade!

                                                   
São vários os benefícios proporcionados pela optometria à população.

Não são poucas as pessoas que possuem dificuldades para enxergar, devido a alterações visuais de causas ópticas refrativas, e não patológicas. Existe uma grave situação na área de saúde visual da população. 

As crianças que não enxergam bem, possuem um rendimento escolar muito baixo, com elevados níveis de repetência, os quais acabam por desestimular a continuidade de seus estudos. Milhões de adultos apresentam sua produtividade reduzida ou até interrompida, e os idosos possuem uma baixa qualidade de vida, pela falta de uso de um simples par de óculos.

Esse problema pode ser resolvido de forma rápida e acessível, através da optometria. Basta uma pequena mudança no modelo de saúde visual.

Os Optometristas estão dispostos a mudar esse quadro, levando uma boa qualidade de vida a toda a população, melhorando a acuidade visual de crianças, jovens, adultos e idosos, que muitas vezes, com apenas o uso de óculos poderão exercer todas as suas atividades de vida diária, sem dificuldade, por conta de defeitos refrativos.
  



quinta-feira, 8 de abril de 2021

Catarata

A catarata é a opacificação do cristalino, a qual impede total ou parcialmente os raios de luz de chegarem na retina, causando uma baixa acuidade visual. Nesse caso, é indicada a cirurgia de catarata, para a substituição do cristalino por uma lente intraocular.



O olho humano é semelhante a uma câmera fotográfica. No segmento anterior, existe uma lente, o cristalino, e na parte posterior, uma película nervosa sensível: a retina, localizada no fundo do olho, que funciona captando as imagens. A retina transmite a imagem ao cérebro que, através do cristalino, é focalizada pelo olho. Para uma visão adequada é necessário que o cristalino seja transparente, permitindo que os raios de luz possam entrar e serem captados pela retina. Se o cristalino estiver opaco, ocorre o que denominamos catarata.

Durante a infância, a catarata pode ocorrer do nascimento até os 10 anos de idade. A catarata senil, por volta dos 60 anos de idade. Também existe a catarata provocada por traumas, acidentes ou medicação.

A decisão sobre quando operar, deve ser tomada em conjunto com o profissional escolhido e o paciente. Antes, era necessário esperar a catarata “amadurecer” para indicar a cirurgia, devido a técnica que era utilizada. Hoje em dia, com as novas técnicas cirúrgicas, quando a pessoa percebe as limitações impostas pela catarata, está na hora de se submeter ao procedimento cirúrgico.



A cirurgia é realizada em um centro cirúrgico, com anestesia local. O tempo de duração é em média de 15 a 20 minutos e o paciente permanece na clínica em torno de 3 a 4 horas.

Geralmente, o paciente não sente dor nem durante, nem depois da cirurgia, mas orienta-se repouso relativo no pós-operatório imediato. Aproximadamente após 1 mês, o paciente estará apto para realizar a cirurgia no outro olho. Caso seja necessário, são indicados óculos complementares.

terça-feira, 6 de abril de 2021

AMBLIOPIA - Definição e tratamento

Ambliopia é um termo utilizado para definir uma baixa visão que não é corrigida com óculos ou lentes de contato, também chamada de “olho preguiçoso”. A causa desse déficit não está especificamente no olho, mas sim na região do cérebro correspondente à visão, que não foi devidamente estimulada no momento certo, durante a infância.

É um problema que pode passar despercebido, as vezes os pais não conseguem detectar, por isso é importante a realização de triagens visuais para as crianças. Se não tratado antes dos 7 ou 8 anos de idade, acarreta em um déficit visual que afetará a criança por toda a vida, impedindo-a de exercer atividades que dependam da visão binocular.

 

  • Ambliopia Refracional: Quando um ou ambos os olhos tem a imagem distorcida por um erro refrativo (grau) não percebido e não tratado, fazendo com que os olhos não desenvolvam sua capacidade de enxergar.

 

  • Ambliopia por privação: Presença de qualquer obstáculo para a formação de imagem nítida na retina, como por exemplo,  catarata congênita, ptose palpebral, hemangiomas entre outras.

 

  • Ambliopia Estrábica: Tipo de ambliopia, em que a criança “usa” apenas um dos olhos (o que está alinhado) e o olho desviado não se desenvolve corretamente, pois o cérebro precisa suprimir a imagem deste para que a criança não apresente visão dupla

 

Existe tratamento para a ambliopia, por esse motivo, é imprescindível a realização de exames oftalmológicos ou optométricos nas crianças, que aparentemente não apresentam nenhum problema. Se for detectado precocemente, é possível corrigir, para que a criança possa desenvolver a visão normal. Na grande maioria dos casos, há êxito no tratamento.

Para o tratamento da ambliopia, primeiramente é necessário corrigir a causa, proporcionando uma imagem retiniana clara, através do uso de óculos, da cirurgia de catarata ou de outros procedimentos, que favoreçam uma melhor qualidade na visão da criança. O tratamento geralmente corrige o estrabismo existente.
A seguir é de fundamental importância, “forçar” a criança a usar o “olho preguiçoso” geralmente esse procedimento é feito com o uso de oclusores oculares também chamados de "tampão" sobre o olho bom.


segunda-feira, 5 de abril de 2021

Ambliopia

 A ambliopia é uma insuficiência na visão de um olho (unilateral) ou dos dois olhos (bilateral). É também chamada de "olho preguiçoso", o qual possui visão reduzida, mesmo com correção através de óculos ou lentes de contato.

Os olhos são responsáveis por “captar” as imagens, convertê-las em estímulos elétricos e posteriormente transmitir ao cérebro.

Durante a infância, existe uma fase do desenvolvimento visual, uma espécie de “apreender a ver”. Nesta fase, o cérebro deve receber imagens claras e focadas dos dois olhos, simultaneamente, para que o desenvolvimento visual seja normal. Se os dois olhos não receberem imagens focadas e claras, não existirá um estímulo visual adequado e consequentemente ocorrerá alterações, prejudicando o desenvolvimento visual, provocando uma reduzida acuidade visual mesmo após a correção óptica.

Durante a infância, o sistema visual se desenvolve de uma forma rápida, por isso é muito importante perceber a urgência de tratar a ambliopia nas crianças, para evitar danos irreversíveis na visão.

Existe a ambliopia orgânica e a funcional.

Ambliopia orgânica ocorre quando a acuidade visual é causada por anomalias estruturais dos olhos ou do cérebro, e não melhora.

A ambliopia funcional tem um melhor prognóstico pois tende a ser reversível quando tratada precocemente na infância.





sábado, 3 de abril de 2021

Cuide da visão das crianças

Os pais e todos aqueles que convivem a maior parte do tempo com as crianças, devem observar, acompanhar, e caso detectem alguma alteração, devem encaminhar a um especialista da visão, pois muitas alterações na visão, podem ser detectadas no período da infância.

Quanto mais cedo for detectada alguma alteração visual em uma criança, mais fácil poderá ser tratada e corrigida.