segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Cilindro Cruzado de Jackson

AFINAMENTO PARA VISÃO DE LONGE :

CILINDRO CRUZADO DE JACKSON

GENERALIDADES: 

Lente formada por dois planos de igual valor absoluto com sinais contrários, que encontram-se unidos por seu eixo plano e perpendiculares entre si.


Seus valores podem ser de 0.25 à 1.00 dpts., e até 3.00 dpts. para pacientes de baixa visão.


O eixo dos cilindros estão representado por:

• Pontos vermelhos: cilindro negativo

• Pontos verdes, brancos ou pretos: cilindro positivo.


Posições: Girando o cilindro 180º sobre o eixo do cabo, obtêm-se duas posições.

• Pontos vermelhos verticais se denomina POSIÇÃO A.

• Pontos verdes ou pretos verticais se denomina POSIÇÃO B.


Adicionalmente durante o desenvolvimento da técnica, se obterão outras duas posições. Estas se denominarão 1 e 2.


OBJETIVO: 

Afinar a prescrição em visão de longe, compreendendo:

• Eixo do cilindro.
• Poder do cilindro.
• Poder esférico.
• Determinar a adição para perto.


TÉCNICA

1. AFINAÇÃO DO EIXO DO CILINDRO:

1° Coloque a correção obtida na refração subjetiva.

2° Oclua o olho esquerdo.

3° Peça ao paciente que leia na tabela uma linha maior que a sua melhor A.V.

4° Explique ao paciente que ele deverá escolher uma letra da linha acima da melhor acuidade visual e que responda em qual posição vê melhor a letra, se é na primeira, segunda ou se as 2 estão iguais (nítidas ou borradas).

5° O examinador gira o cilindro cruzado nas duas posições com o cabo na direção do eixo.

6° Escolhida uma das posições, gire o eixo na armação de prova 5° em direção aos pontos vermelhos e continue afinando o eixo, colocando o cabo no eixo alterado.

7°Gira 10o. e realize o teste novamente.

8° Se necessário gire 5o. e realize o teste novamente.

9°O eixo do astigmatismo estará correto quando o paciente veja igualmente nítida ou borrada nas duas posições.


2. AFINAMENTO DO CILINDRO

1. Coloque os pontos vermelhos paralelos ao eixo do cilindro encontrado no subjetivo.


2. Apresente as três imagens ao paciente girando o cabo do cilindro cruzado e pergunte:

Em qual das três posições vê melhor? A, B ou estão iguais.


3. Possíveis Respostas:

- Vê melhor quando os pontos vermelhos coincidem com o eixo do astigmatismo:

AUMENTE cilindro negativo em passos de 0.25 dpts. E continue girando o cilindro cruzado, se continua preferindo as imagens quando esteja posicionado os pontos vermelhos, aumente -0,25 no eixo correto e sai realizando até que as imagens sejam similares.

- Vê mais nítido quando os pontos verdes coincidem com o eixo do astigmatismo: DIMINUA cilindro negativo em passos de 0.25 dpts. até que as duas imagens sejam similares.

NOTA: Se existe mudança na resposta ao variar 0.25 dpts., e as imagens não chegam a ser igual, tome como valor cilindro o mais positivo.


POSICIONAR PONTOS VERMELHOS NO SENTIDO DO EIXO ENCONTRADO E GIRAR EM AMBAS POSIÇÕES PERGUNTANDO QUAL IMAGEM PERCEBE MELHOR.

PONTOS VERMELHOS: ACRESCENTAR CIL NEGATIVO.

PONTOS PRETOS: DIMINUIR CIL NEGATIVO.


3) AFINAMENTO DO ESFÉRICO

7. Mude o optotipo para a cruz.

8. Coloque o cilindro cruzado na posição A (VERMELHO A 90º. E VERDE OU PRETA A 180º.) NÃO GIRAR.

9. Pergunte ao paciente qual dos componentes da cruz vê mais nítido: Horizontal ou vertical?


4. Possíveis respostas:

• Vê melhor o componente HORIZONTAL, AUMENTE poder positivo ou DIMINUA poder negativo em passos de 0.25 dpts. até que os dois componentes sejam igualmente vistos.

• Vê melhor o componente VERTICAL, DIMINUA poder positivo ou aumente negativo em passos de 0.25 dpts. até que os dois componentes sejam igualmente vistos.

5. Tome a A.V.

6. Repita todo o procedimento de afinação para o olho esquerdo, ocluindo o olho direito.



RECOMENDAÇÕES: 

Em astigmatismo oblíquo, em astigmatismo irregular, em astigmatismo regular muito baixo ou muito alto, os resultados nem sempre são confiáveis.


16.1.2- AFINAMENTO VISÃO PRÓXIMA OBJETIVO: Afinar a correção para a correção de visão próxima, a uma distância de trabalho determinada segundo os requerimentos do paciente (adição: Add) .


TÉCNICA

1. Coloque a correção tentativa par a visão de perto segundo a tabela de compensação para a distância de trabalho, sobre a correção para visão de longe já afinada.

2. Oclua o olho esquerdo do paciente.

3. Coloque o cilindro cruzado em POSIÇÃO A (vermelha 90º. verde ou preta a 180º.).

4. Peça ao paciente que fixe a cartilha para visão de perto, colocada à sua distância habitual de trabalho.

5. Pergunte: Qual dos componentes da cartilha (horizontal ou vertical) se vê mais negro ou mais nítido? Ou iguais?

6. Se o paciente reporta ver melhor:

• Os componentes horizontais, AUMENTE o poder positivo do esférico em passos de 0.25 dpts, até que os componentes da cartilha sejam similares ou se inverta o padrão (vê melhor os componentes verticais).


COLOCAR O CABO EM DIREÇÃO AO EIXO DO CILINDRO ENCONTRADO NO SUBJETIVO, NESTE CASO A 180º


  • Os componentes verticais, DIMINUA o poder positivo do esférico em passos de 0.25 dpts. até que pós componentes da cartilha sejam similares ou se inverta o padrão ( vê melhor os componentes horizontais).
  • Se ver iguais, a tentativa para perto está correta.


7. Repita o procedimento para o olho esquerdo





Técnica monocular de emborronamento

TÉCNICA MONOCULAR DE EMBORRONAMENTO:

1. Adicione monocularmente ao valor do esférico da retinoscopia, um valor de 2 a 3 vezes mais positivo, de forma que faça com que o paciente enxergue bem borrada a letra 20/200 do optotipo localizado a 6 metros de distância.

2. Explique ao paciente que verá borrado e que necessita de sua máxima colaboração, para que ele leia as linhas do optotipo à medida que vai identificando, mesmo que não as veja totalmente nítida.

3. Diminua o valor da lente positiva em passos de 0.25 dpts, de maneira que o paciente consiga ler cada vez melhor as linhas dos optotipos sem ser necessário ver completamente nítida.

Para controlar melhor a acomodação, não retire as lentes de uma vez, peça  ao paciente que feche os olhos e abra somente quando a lente estiver em frente ao seu olho, ou seja, fechando e abrindo os olhos entre a mudança das lentes.

4. Ao chegar a uma acuidade visual bem borrada de 20/40 (não deixe que o paciente veja nítido esta linha pois a margem de erro será grande), mude o optotipo para o dial ou leque astigmático, para obter a correção cilíndrica.

5. Determine o eixo do astigmatismo perguntando ao paciente:
Qual das linhas vê mais negra? Qual ressalta mais?



POSSÍVEIS RESPOSTAS


• Todas se vêem igualmente negras - isso significa que não possui astigmatismo e o que necessita ou o que tem no momento é o correto.

• Caso responda que uma das linhas ressalta mais, então a 90º de sua posição está o eixo do astigmatismo.

Neste momento, multiplicar a linha de melhor visão, no caso a de número 6 x 30° que dará como resultado o eixo de 180°, no qual serão colocadas lentes plano-cilíndricas de -0,25 em -0,25 a 180° até  que o paciente reporte ver todas as linhas iguais do leque ou dial astigmático.

Agregar cilindros negativos, com o eixo orientado na direção antes determinada, até que o paciente indique que ver com a mesma intensidade todas as linhas do optotipo.

Projetar de novo o optotipo de acuidade visual, ou seja, acertado o valor e eixo do cilindro, retornar à linha de 20/40 do optotipo e ir desmiopizando (diminuindo as esferas positivas) até conseguir a melhor acuidade visual com nitidez.

Passar a continuação a afinar o eixo e a potência do cilindro



POSSÍVEIS RESPOSTAS


Se inicialmente o paciente vê todas as linhas com a mesma intensidade entendemos que o paciente não tem astigmatismo.

Quando nos indica que vê uma linha mais escura que o resto, entendemos que o paciente tem astigmatismo e procedemos a realizar o exame antes descrito.

No caso de que o paciente indique ver mais de uma linha escura significa que realizamos erroneamente a miopização ou que o paciente não entendeu o teste. Deveremos aumentar a miopização até que veja unicamente uma linha do teste mais escura que o resto.

Quando o paciente nos diz que não vê nenhum símbolo sobre a parede de projeção do círculo horário pode ser devido a:

- Que fizemos uma excessiva miopização.
- Que o paciente tem uma acuidade visual inferior à requerida.

6. Oclua o olho direito e repita o procedimento.

Nota : A utilização do dial tem como requisito ter uma A.V. não inferior a 20/40.



RECOMENDAÇÕES:


Tenha em conta que a lente negativa aumenta o contraste, o que pode ser interpretado pelo paciente como melhor visão recorde que um aumento na A.V. somente pode significar maior descriminação e não melhor qualidade da imagem.





quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Subjetivo para visão de longe

TESTES REFRATIVOS
SUBJETIVO PARA VISÃO DE LONGE


GENERALIDADES: 

Prova utilizada para verificar e afinar a correção refrativa obtida por meio de técnicas objetivas, controlando a acomodação.


OBJETIVO: 


Formular ao paciente a lente mais positiva com que tenha a melhor A.V. com conforto para visão de longe monocular, para logo ser balanceada binocularmente.


Antes de iniciarmos os conceitos do Subjetivo, é necessário conhecer os diferentes tipos de dial astigmático que podem existir.

No Dial de Snellen, quando o paciente reporta ver umas das linhas mais nítidas, o eixo do astigmatismo será sempre ao contrário de 90°.
Por exemplo, se o paciente reporta ver a linha de 15° mais nítida, o eixo do astigmatismo será a 105°. Vale lembrar que o defeito encontra-se a 15°, porém só será corrigido se colocarmos o eixo a 105°.


     
       DIAL DE SNELLEN                                                                                                                                                          
DIAL OU LEQUE ASTIGMÁTICO - O leque astigmático deve seguir sempre a mesma orientação horária conforme o desenho.

Porém há que tomar cuidado porque existem alguns optotipos que possuem o leque astigmático já com a anotação própria do eixo do astigmatismo.



DIAL OU LEQUE ASTIGMÁTICO HORÁRIO

Determinar a direção destas linhas e fazer uma comparação com as horas do relógio. Multiplicar a menor hora de tal direção por 30º, com o que se obtém o eixo do cilindro negativo do astigmatismo.
Exemplo:
Se o paciente nos reporta que vê mais nítida a linha número 2, realizaremos o cálculo do eixo do astigmatismo da seguinte forma:

2:00 x 30º = 60º sendo este o eixo do cilindro negativo do astigmatismo



As duas formas de neutralizar o movimento das sombras

IMPORTANTE!!!

Existem duas formas de neutralizar o movimento das sombras:


  1. Com lentes esféricas unicamente, método mais fácil quando se inicia a aprendizagem da retinoscopia e muito utilizada quando se trabalha com réguas de esquiascopia ou em casos de astigmatismos irregulares. 
  2. Combinando lentes esféricas e plano – cilíndricas, método mais utilizado atualmente.

RL = 1 /DTm RL = Lente do Retinoscópio
DT = Distância de Trabalho

1) NEUTRALIZANDO COM LENTES ESFÉRICAS:

1. Com a fenda luminosa do retinoscópio vertical, ilumine o olho e observe o reflexo dentro da pupila. Inicie realizandomovimentos para direita e esquerda e observe se existe algum outro movimento mais escuro, como uma sombra, que acompanha ou está contrário ao movimento da fenda. Caso o movimento da sombra acompanhe o reflexo luminoso, estamos diante de uma hipermetropia e iniciamos colocando lentes esféricas positivas de +0,25D em +0,25 D até neutralizar esta sombra, ou seja, até que preencha somente com o reflexo da fenda luminosa do retinoscópio.

2. Gire a faixa 90º posicionando neste caso a fenda a 0° e realize o mesmo procedimento que o item anterior, se necessário sobreponha lentes até neutralizar este meridiano.

3. O primeiro meridiano encontrado é utilizado como esférico.

4. A neutralização do segundo meridiano é o valor do cilindro.

5. O eixo será sempre do primeiro meridiano neutralizado.

6. Tome a acuidade visual com o resultado final monocular e binocularmente; registre os dados.

O valor final será o valor total da ametropia, sendo que vale salientar que este não será o valor prescrito para o uso de óculos, mas o valor total que deverá ser afinado nos passos seguintes.



  • A. Cuidado para não confundir e somar o valor da lente de trabalho com o valor final da ametropia. Por exemplo a sua distância de trabalho é 50cm, portanto você usará +2,00 em ambos olhos de acordo com a tabela, e você neutraliza ambos meridianos com +0,50. Então o valor final da sua retinoscopia será +0,50, uma hipermetropia simples. Trate de esquecer a influência das lentes de trabalho na retinoscopia, porém nunca esqueça de colocá-las para ter êxito na sua retinoscopia.

  • B. Não esqueça de trabalhar sempre com o espelho plano no seu retinoscópio, se tiver dúvida, olhe para a largura da fenda e escolha a fenda de maior largura, esta é dada movimentando a luva situada abaixo da cabeça do retinoscópio.


2) NEUTRALIZAÇÃO COM LENTES ESFÉRICAS E PLANO – CILÍNDRICAS

1. Diminua a lente positiva até que o movimento desapareça ou se inverta. Quase sempre não há um ponto definido, mas sim uma zona neutra, desde o último contra até o primeiro a favor. O aparecimento de sombras irregulares e a velocidade são tão rápidos que as sombras tornam-se quase imperceptíveis a medida que se aproxima da zona neutra, que pode dificultar a determinação exata do ponto neutro.


2. Agora gire a banda do retinoscópio em 90º:

Se todos os meridianos se neutralizam de forma similar e o movimento das sombras é igual ao meridiano anterior, não há astigmatismo = defeito esférico.

Se existe um movimento contra: adicione cilindro negativo com o eixo no meridiano horizontal, até obter o ponto neutro ou o último movimento contra = astigmatismo a favor da regra.

Se existe um movimento a favor no meridiano vertical, indica a existência de um astigmatismo contra a regra e deve-se neutralizar primeiro este meridiano: adicione lentes positivas até neutralizar e volte ao meridiano horizontal onde encontrará um movimento contra. Neutralize com cilindro negativo com eixo vertical.

Se não coincide o eixo da banda do retinoscópio com o eixo do astigmatismo, perdendo o reflexo, nitidez e ademais se observa ruptura no alinhamento do reflexo da pupila e a banda externa, você está diante de um astigmatismo irregular. Mova a banda até que recupere sua continuidade e adicione cilindro negativo com o eixo paralelo da banda.


3. Ao registrar os dados obtidos não esqueça de compensar a distância de trabalho.

4. Repita o procedimento para o olho esquerdo.


5. Tome a AV com o resultado obtido monocular e binocularmente. Registre os dados.



Técnica da retinoscopia dinâmica

TÉCNICA:

Retinoscopia Dinâmica Monocular de Merchan:

1. Coloque-se à 40 cm do paciente.

2. Oclua o olho esquerdo e peça ao paciente que olhe as figuras do retinoscópio.

3. Observe o movimento da sombra e inicie a neutralização em passos de 0.25 ou de 0.50.

4. O valor para visão de longe se compensa de acordo com a idade e segundo a tabela a seguir:


IDADE COMPENSAÇÃO

Menos de 40 --------------------------1.25
40 – 44 --------------------------------1.50
45 – 48 --------------------------------1.75
49 – 52 -------------------------------- 2.00
53 – 56 -------------------------------- 2.25
57 – 60 -------------------------------- 2.50
61 – 64 -------------------------------- 2.75
Mais de 64 -----------------------------3.00


5. Repita o procedimento para o olho esquerdo.

6. Geralmente esta técnica se desenvolve logo depois de ter obtido o dado refrativo mediante a retinoscopia estática,no que permite uma análise objetiva sobre o estado da acomodação do paciente. A retinoscopia dinâmica é de 0.50 a 0.75 dpts mais positiva que a retinoscopia estática. Se a diferença é maior ou menor, indicará problemas na acomodação.



Técnica da retinoscopia estática



1. Distância de trabalho = deve-se escolher a sua distância de trabalho, de acordo com o comprimento do seu braço ou com a distância que se sinta confortável. Mantenha-a constante durante a realização do exame, pois qualquer variação altera os resultados. 

Esta distância deve-se compensar do resultado final por meio de:

• A RL ou lente do retinoscópio é uma lente positiva, cujo valor dióptrico é igual ao inverso da distância de trabalho em metros e este valor toma-se como ponto de partida.



• Se não utiliza RL, compense a distância de trabalho “NEGATIVA E ALGEBRICAMENTE” da lente com a qual neutralizou as sombras.

EX: Neutralizou com + 4.00 - 1.00 X 0º
Dist. Trab. = 50 cm  (+2.00)
Resultado Final = + 2.00 – 1.00 X 0o

EX: Neutralizou com - 2.00 esf.
Dist. Trab. = 50 cm  (+2.00)
Resultado Final = - 4.00 esf



2. Utilize luz ambiente reduzida no consultório, já que dilata a pupila e lhe ajuda a ver melhor o reflexo.


3. Caso utilize o foróptero ou greens: Ajuste a cadeira de tal forma que os olhos do paciente estejam na mesma altura dos seus olhos. Coloque o foróptero diante do paciente com a respectiva distância pupilar e ajuste o nível do instrumento centrando os olhos nas aberturas.


4. Coloque de forma binocular as lentes de trabalho de acordo com a distância de trabalho.


5. Peça ao paciente que olhe por cima de sua orelha a letra “E” da tabela (20/200).


6. Coloque-se no eixo visual do olho direito do paciente. Observe com seu olho direito através do retinoscópio o reflexo retiniano. Mantendo os dois olhos abertos (examinador). Não obstrua com sua cabeça a visão do paciente.


7. Observe o meridiano horizontal com a faixa de luz do retinoscópio na posição vertical. Faça um suave movimento horizontal e observe a intensidade, velocidade e direção da sombra. Agora coloque a faixa de luz do retinoscópio na posição horizontal para observar o meridiano vertical; e com um movimento vertical suave observe as características do reflexo.


8. A direção das sombras que acompanham o reflexo, se comparam com o movimento que se realiza com o retinoscópio.

Segundo seja este movimento adicione:

Lentes positivasse o movimento da fenda luminosa para direita gerar uma sombra que acompanhe para o mesmo lado, dizemos que a sombra é “a favor”. 
sombra a favor do movimento do retinoscópio ocorre no caso de hipermetropia.

Lentes negativasse o movimento da fenda luminosa do retinoscópio gerar uma sombra contrária à sua direção, gerando uma sombra “contra”. 
sombra contra do movimento do retinoscópio ocorre em caso de miopia.


sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Curso superior de Optometria foi incluso na grade curricular do Mec

Curso superior de Optometria foi incluso na grade curricular do Mec.

É com muita satisfação que repassamos para todos os profissionais da área e adeptos da profissão, a notícia que o curso superior de Optometria foi incluso na grade curricular do Mec. 

Passo decisivo para Regulamentação!



Tramita na Câmara Federal o Projeto de Lei 369/11, que trata da regulamentação da Optometria no país. 
A profissão vem sofrendo diversas represálias por conta da falta de conhecimento das suas atividades, o maior questionamento está no fato de esbarrar na oftalmologia.
É importante ressaltar que a atuação não invade a área médica e não realiza qualquer procedimento que não seja autorizado.

A Optometria é reconhecida pelo Ministério da Saúde - MS, Ministério do Trabalho e Emprego - MTE, e o Ministério da Educação e Cultura – MEC, que dão o aval e reconhecem os cursos, isso deixa claro, portanto, que muitas das declarações de representantes da classe oftalmológica são incompletas.

A Oftalmologia se apóia na formação de oito anos de estudos. 

Seis anos são destinados ao conhecimento de todo o corpo humano e dois anos de especialização em oftalmologia, onde se cursa em torno de 1.353 horas na disciplina de oftalmologia para fazer cirurgias e prescrição de medicamentos, e 48 horas na disciplina de optometria, que é a ciência da área da saúde ligada à física que trata da visão, principalmente dos problemas de saúde primários, ou seja, é o estudo dos problemas de visão não patológicos.

Na formação universitária em optometria, o acadêmico cursa cinco anos especificamente na área de optometria e oftalmologia, sendo que na disciplina de optometria a carga horária é de 1.860 horas e na disciplina de oftalmologia cursa 540 horas somente para identificação de patologias com o objetivo de encaminhamento aos especialistas médicos competentes.

A optometria exige o conhecimento amplo e profundo dos aspectos físicos, psicológicos e ergonômicos da visão. 

As declarações advindas dos médicos são contrárias e inverídicas à realidade científica e mundial, em especial pelo fato de ser a Optometria profissão independente aceita e fomentada em todo o mundo, com o aval da Organização Mundial da Saúde – OMS, Organização Internacional do Trabalho – OIT, Conselho Mundial de Optometria - W.C.O ( world Council of optometry ), Organização Pan-Americana de Saúde – OPAS, e contam com a participação destas entidades nos mais importantes projetos internacionais de combate a cegueira e atendimento à saúde visual.

"A maioria das declarações que são apresentadas a população levam falsos mitos e pré-conceitos pejorativos lançados e divulgados por classes, que sem conhecimento, vendem a idéia de incapacidade profissional da classe Optométrica fazendo crer que as atuações destes profissionais acarretariam riscos à saúde da população, omitindo o real propósito das declarações de evitar a livre concorrência de um profissional altamente capacitado e qualificado, 
diante do crescente avanço da ciência optométrica, uma das mais conceituadas e honradas profissões no mundo, que contribuem para o bem social, econômico, cultural e educacional", explicou o optometrista Aron Elias Poll.

Segundo Dr. Pedro Silveira Gonçalves Filho, médico oftalmologista, professor e consultor em saúde visual, pós-graduado no Instituto Barraquer de Oftalmologia - Barcelona – Espanha, o modelo no Brasil está errado porque faz o oftalmologista dispensar da maior parte do seu tempo no exame da avaliação primária da visão, tarefa da optometria, deixando o restante, para diagnóstico e tratamento das patologias, sendo insuficiente para atender a demanda.

A atividade do optometrista na saúde pública possibilita atendimento de grandes populações com menor custo social e atendimento digno, sem espera de meses como é o caso das redes públicas de atendimento oftalmológico, liberando o oftalmologista para tratamentos medicamentosos, cirurgia e outras patologias que também são causas importantes de cegueira.

A desejo da Optometria é lutar pela democratização do atendimento primário à saúde, sem invadir a área médica e contando com estes profissionais para a continuidade em um atendimento digno.




terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Tipos de retinoscopia


TIPOS DE RETINOSCOPIA:

  • RETINOSCOPIA ESTÁTICA
  • RETINOSCOPIA DINÂMICA



RETINOSCOPIA ESTÁTICA



OBJETIVO: 

Determinar a refração objetiva para visão de longe, mantendo a acomodação em repouso.



REQUISITOS: 

Que não exista TROPIA em visão de longe.





RETINOSCOPIA DINÂMICA

Existem 6 tipos de retinoscopia dinâmica, porém a mais utilizada e difundida é a técnica dinâmica de Merchan e a que iremos mencionar no ítem a seguir.



OBJETIVO: 

Determinar a refração objetiva para visão de longe mantendo a acomodação ativa, fixando à uma distância próxima.



CARACTERÍSTICAS:


  • MONOCULAR;
  • COM A ACOMODAÇÃO ATIVA;
  • PACIENTE FIXANDO A LUZ DO RETINOSCÓPIO OU A FIGURA IMANTADA NA CABEÇA DO RETINO;
  • REALIZADA A 40 cm DO PACIENTE;
  • DESCONTAR DO VALOR FINAL (-1,25 esf), ESTE É O LAG DA ACOMODAÇÃO DE ACORDO COM A TABELA;
  • É UMA RETINOSCOPIA REALIZADA EM CASOS ESPECIAIS, DE CRIANÇAS NÃO COLABORADORAS, ESTRABISMO E PROBLEMAS ACOMODATIVOS.



REQUISITO: 

O paciente não pode ser afácico.



segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Retinoscopia


RETINOSCOPIA



Através da retinoscopia, determina-se o erro refrativo ou defeito refrativo do paciente, sem que este intervenha no resultado. 

Esta é a técnica mais importante que um optometrista deve dominar, visto que, além de determinar o defeito refrativo, também é possível obter informação qualitativa do sistema visual através da observação das características do reflexo retiniano (intensidade do reflexo, oscilações de intensidade, oscilações do diâmetro pupilar, etc.).



GENERALIDADES: 


É o método objetivo para investigar, diagnosticar e avaliar os erros refrativos do olho, realizado com base no princípio dos focos conjugados da retina do paciente e o ponto nodal do examinador.

Ao iluminar o olho com a luz do retinoscópio, a retina se comporta como um espelho que absorve e reflete a luz até a pupila do paciente. Este reflexo é o que observa o examinador e serve para determinar o estado refrativo do paciente.




OBJETIVO


Determinar objetivamente o estado refrativo em visão de longe em pacientes que colaboram mantendo a atenção sobre um ponto de fixação.




MATERIAL


  • Retinoscópio

  • Caixa e armação de prova ou foróptero (greens)

  • Optotipos



CARACTERÍSTICAS DO RETINOSCÓPIO:


Existem dois tipos de retinoscópio, segundo o feixe de luz que emitem.
Um em forma de ponto e outro em forma de fenda luminosa. Este último permite observar com maior clareza o eixo do astigmatismo.




DISTÂNCIA DE TRABALHO E VALOR DIÓPTRICO À COMPENSAR


66 cm....................................+ 1.50 D
50 cm....................................+ 2.00 D
40 cm....................................+ 2.50 D
33 cm....................................+ 3.00 D
25 cm....................................+ 4.00 D
20 cm....................................+ 5.00 D
10 cm....................................+ 10.00 D





O sistema óptico do retinoscópio contém um espelho que varia os focos.
O espelho plano reflete os raios paralelos como se viessem do infinito.
O espelho côncavo possui um ponto focal que inverte o efeito dos raios refletidos, por isso o movimento das sombras se observa contrário ao espelho plano, e se utiliza para confirmar o ponto de neutralização.




CARACTERÍSTICAS DO REFLEXO RETINOSCÓPICO


  • TAMANHO: Nos erros refrativos altos ou médios o reflexo é menor que o diâmetro pupilar. No ponto de neutralização a pupila fica cheia (como lua cheia)

  • INTENSIDADE: Em ametropias altas o reflexo é confuso e tênue.

  • VELOCIDADE: Em ametropias altas o deslocamento através da pupila é lento. A medida que se aproxima o ponto de neutralização, aumenta sua velocidade.

  • DIREÇÃO: 
Movimento Contra = MIOPIA 
Movimento a Favor = HIPERMETROPIA